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Você já deve ter ouvido falar que uma alimentação variada e colorida é essencial para a saúde, né? Mas você sabe por quê uma alimentação saudável é tão importante para a criança?
A alimentação, principalmente nos primeiros anos de vida, é um fator determinante na saúde da criança e leva efeitos à longo prazo na saúde nutricional e metabólica do corpo adulto. Isso quer dizer que, os hábitos criados e mantidos desde cedo, ajudam o corpo a funcionar da melhor forma possível e prevenir doenças. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o número de crianças e adolescentes obesos aumentou dez vezes nos últimos quarenta anos, e a previsão é de que em 2022 haja mais crianças obesas no mundo do que desnutridas (com deficiência de nutrientes essenciais para o corpo). Pensando nisso, confira a lista de recomendações sobre alimentação de acordo com a faixa etária:
Dos 0 aos 6 meses:
O ideal é que a alimentação nesse período da vida venha exclusivamente do leite materno em livre demanda, sem oferecer chás, água ou qualquer outro alimento, exceto em casos de recomendação médica.
Dos 6 meses aos 2 anos:
A partir dos 6 meses já podem ser introduzidos alimentos como frutas, legumes, carnes e cereais além do leite materno até os 2 anos de idade. Os novos alimentos devem ser introduzidos de forma gradual, começando por consistências mais pastosas e podem ser oferecidos de 3 a 5 vezes por dia. Vale lembrar que nem sempre todas as comidas novas são bem aceitas, então o ideal é que sejam preparadas e oferecidas de diferentes formas, por exemplo, batata cozida cortada em pedaços, purê de batata e sopa de batata. Para decidir que não gosta de algum alimento é necessário que a criança experimente ele de 8 a 10 vezes, de formas e em refeições diferentes.
A partir dos 2 anos:
Após os 2 anos, as crianças costumam seguir os mesmos cardápios e hábitos do restante da família, então é importante que todos estejam se alimentando de forma saudável. É essencial que as refeições maiores como almoço e jantar tenham, no mínimo, uma fonte de proteínas (carne vermelha, aves, peixes, ovos, feijão, lentilha,...), uma fonte de carboidratos (arroz, batata, ervilha, milho, mandioca, macarrão,...) e uma fonte de gordura (abacate, ovo, carne de porco, azeitona,...). Com a retirada do leite materno nessa idade, há a diminuição da fonte de cálcio, portanto é importante principalmente para os ossos o consumo de leite e seus derivados, como queijo e iogurte.
Dicas Gerais:
Você sabia que a cor dos alimentos pode estar associada aos seus nutrientes? Pois é, esse é um dos motivos pelo qual se deve fazer pratos bem coloridos durante as refeições, assim ela fica mais saudável, nutritiva e saborosa. Por outro lado, alguns alimentos como açúcar, café, comidas enlatadas, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos, alimentos ultraprocessados e outras guloseimas não possuem muitos nutrientes bons e consumidos em excesso podem fazer mal para o organismo.
A água também é essencial para a saúde, afinal o corpo humano é 70% composto por ela, então é recomendado que se beba em média 2 litros de água por dia (mais ou menos 4 garrafinhas ou 10 copos). Deixe sempre por perto e vá bebendo aos poucos durante o dia todo, pois quando sentimos sede é sinal de que o corpo já está desidratado. Não se esqueça de que a alimentação não trabalha sozinha, é preciso praticar atividade física regularmente para que a saúde fique em dia.
Gostou das nossas dicas? Que tal criar uma uma rotina alimentar? A rotina é importante para que o corpo se acostume aos horários, alimentos diferentes e possa se adaptar aos bons hábitos. Nos anexos temos um calendário alimentar para que você marque os alimentos que consumiu no dia e não esquecer o quanto eles são importantes!
Referências:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia Alimentar para a população brasileira. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2014.
Organização Pan-Americana de Saúde. [homepage na internet].Obesidade entre crianças e adolescentes aumentou dez vezes em quatro décadas, revela novo estudo do Imperial College London e da OMS. [acesso em 02 abr 2020]. Disponível em: https://www.paho.org/bra/
Universidade Federal de Minas Gerais. Departamento de Pediatria. Cartilha de Orientação Nutricional Infantil. Minas Gerais; 2013.
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